Memória e Informação http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb <p class="normal">O periódico eletrônico <strong>Memória e Informação</strong> é uma publicação científica interdisciplinar da área de Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação, Humanidades Digitais, Memória Social, Museologia, Preservação Arquitetônica, Preservação e Conservação de documentos. Sua missão é contribuir para a divulgação de pesquisas inéditas, análises teóricas, casos práticos de gestão e notas técnicas que possibilitem subsidiar a reflexão acadêmica e a prática profissional sobre iniciativas sustentáveis em organizações privadas, públicas e da sociedade em geral.</p> <p class="normal">Público: pesquisadores, técnicos, estudantes e público em geral que se interessem pelas áreas abrangidas pelo periódico.</p> <p>&nbsp;</p> pt-BR Memória e Informação 2594-7095 <p>O periódico se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores.</p> <p>Os trabalhos publicados passam a ser propriedade do periódico Memória e Informação, sendo vedada sua reprodução total ou parcial, sem a devida autorização da Comissão Editorial, exceto para uso de estudo e pesquisa. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelo autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.</p> <p>A Memória e Informação estará licenciada sob uma <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/">Licença Creative Common</a>.&nbsp;</p> Memória e Informação http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/256 Memória e Informação Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 O acervo de literatura de cordel da Fundação Casa de Rui Barbosa http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/257 <p>A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) tem se dedicado à preservação, disseminação e democratização do acesso ao conhecimento por meio de pesquisas e ferramentas utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), apoiada pelas humanidades digitais. Este artigo resume as pesquisas realizadas de 2019 a 2023, com foco no acervo de literatura de cordel, conduzidas pelo Laboratório de Humanidades Digitais (LABHD) e nos projetos “Compartilhando experiências” e “Humanidades digitais na Fundação Casa de Rui Barbosa”. Esses projetos visam estreitar a conexão entre métodos tradicionais de pesquisa e tecnologia, facilitando o acesso a coleções. Trata-se de uma pesquisa exploratória. Reflete sobre as origens da literatura de cordel e sua relação com estudos sobre memória e humanidades digitais. A segunda parte explora a formação da coleção de literatura de cordel da FCRB, detalhando o desenvolvimento e os resultados das pesquisas. O estudo enriqueceu as informações sobre os cordelistas sob a guarda da Fundação, gerando biografias de cerca de 250 artistas e identificando objetos e documentos, resultando em dois e-books em fase de finalização para disponibilização on-line: um com as biografias dos cordelistas e outro como guia do acervo de literatura de cordel da FCRB.</p> Marx Paulo Vargas da Guia Adriana Mesquita Figueiredo Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 1 21 A literatura de cordel na Fundação Casa de Rui Barbosa http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/228 <p>A autora começou a se envolver com a literatura de cordel quando se tornou bibliotecária na Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), instituição responsável pela guarda de diversos folhetos de grande relevância. Durante seu Mestrado em Memória e Acervos (PPGMA/FCRB), concluído em 2018, concentrou-se em analisar a constituição e divulgação desse acervo, destacando sua importância como uma forma literária genuinamente brasileira. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi contribuir para o resgate da trajetória da literatura de cordel na FCRB, para futuros estudos e a retomada da catalogação de folhetos de cordel. A breve apresentação desta dissertação no I Congresso Nacional de Literatura de Cordel teve como intenção oferecê-la como fonte de informação para outros pesquisadores da área.</p> Carolina Carvalho Sena Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 22 32 Pistas de interculturalidades, migrações e mediações digitais da literatura de cordel http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/229 <p>Este artigo visa apresentar algumas pistas de interculturalidade e de migração presentes na literatura de cordel, em diálogo com parte do processo de construção do Portal Digital Academia Brasileira da Literatura de Cordel (ABLC). O estudo se propõe a investigar e colocar em sintonia a literatura de cordel com a teoria do campo da antropologia digital que toma o ambiente eletrônico como lugar de muitos significados, passível de infinitas interpretações e práticas. Observa-se nos atores sociais da literatura de cordel a presença da perspectiva migratória, e essa concepção é confirmada em vários momentos. Percebe-se que os atores do coletivo de cordel se ressignificam, resistem e se reinventam com as novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), utilizando a internet, as mídias e as redes sociais como um novo instrumento de disseminação, divulgação e preservação da memória da cultura popular e das tradições. Entende-se que o tema está imbricado com estudos de práticas culturais de indivíduos e comunidades. A estratégia metodológica associa revisão de literatura sobre os campos literatura de cordel, interculturalidade e culturas digitais, relacionando com a experiência singular da ABLC que, ainda em processo, objetiva construir um portal digital interligando site e redes sociais para ampliar a difusão do legado cultural. Verifica-se que o coletivo da literatura de cordel, a ABLC, pode se apropriar dos ambientes digitais como repositórios para armazenar e preservar memórias e tradições dos atores sociais, desde que esteja atento a uma curadoria do conteúdo digital.</p> Elisete de Sousa Melo Monica Machado Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 33 46 A institucionalização da literatura de cordel na Fundação Casa de Rui Barbosa http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/231 <p>Este estudo discute a constituição da literatura de cordel como objeto de pesquisa na Fundação Casa de Rui Barbosa, no sentido de entender e compreender o processo de institucionalização da temática e o posterior reconhecimento da forma poética como gênero literário. A partir da noção de apropriação, sob a perspectiva de Roger Chartier, e da ideia de movência, conforme Paul Zumthor, faz-se uma discussão bibliográfica e documental – desde a constituição do acervo de folhetos, em 1958, até a consolidação do processo de digitalização e disponibilização eletrônica da coleção Literatura Popular em Verso, em 2008 – sobre o papel pioneiro, indutivo e referencial da instituição junto aos mediadores culturais (folcloristas, jornalistas, acadêmicos, agentes produtivos, etc.), ao criar e organizar acervo, além de estabelecer programa editorial sobre o assunto.</p> Helonis Brandão Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 47 65 Ilustrações de folhetos de cordel http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/249 <p>Por sua materialidade intrínseca, como obra gráfica impressa a partir de uma matriz gravada, as ilustrações de folhetos de cordel dependeram, ao longo de sua história, de vários fatores para além do poder criativo de seus autores. De maneira sintética, este trabalho evidencia alguns desses fatores, analisando os diferentes tipos de imagem que se sucederam na capa dos livretos e que não só ilustram um manancial incrível de histórias, mas também revelam a complexa relação entre popular e erudito, entre tradição e modernidade.</p> Everardo Ramos Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 66 86 “Eu vou contar a história / De um pavão misterioso” http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/233 <p>Este artigo revisita o mais famoso folheto da literatura de cordel brasileira, O romance do pavão misterioso, sob nova perspectiva. Em vez de debater questões ligadas à verdadeira autoria, discussão praticamente superada, propõe-se a fazer um levantamento dos principais motivos constituintes da história e, a partir daí, a enquadrá-la no catálogo internacional do conto popular – o sistema Aarne-Thompson-Uther (ATU) –, a partir de um estudo comparativo com versões e variantes do conto tipo The Prince’s Wings (ATU 575), classificação com a qual o texto está relacionado.</p> Marcus Haurélio Fernandes Farias Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 87 104 Novos diálogos ou por um cordel remoçado http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/234 <p>Este texto põe em relevo a literatura de cordel, uma literatura que aponta para uma plena articulação escrita e voz, fronteiras que, portanto, são rompidas. Nesse espaço movente, novos diálogos circulam e se expandem. As novas dinâmicas do cordel são frutos evidentes de um novo momento, difícil e marcado por muitas mudanças devastadoras sob o signo da violência. A violência salientada na literatura de cordel, sobretudo nos tempos atuais, é aquela da denúncia e da consciência de soltar urgentemente um forte grito, ainda um tanto aprisionado na garganta. Uma violência crítica e conscientizadora permeia as novas dinâmicas do cordel, que nunca é punitiva nem deve ser impositiva, como em alguns momentos talvez tenha sido quando cooptada, em alguns casos, e usada como arma de controle e de poder. Nesse sentido, aqui serão exemplificados dois poetas de traços marcantes na produção de um novo cordel: Antônio Vieira e Klévisson Viana.</p> Edilene Matos Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 105 116 Santaninha, um pioneiro do cordel http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/237 <p>O rabequista potiguar João Sant’Anna de Maria (1827-1883?), o Santaninha, foi um dos primeiros a publicar cordéis no Brasil, antecedendo em pelo menos uma década o paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado “pai do cordel brasileiro”. Neste trabalho, tratamos de aspectos da vida e da obra de Santaninha, destacando sua condição de “poeta-repórter” ao escrever geralmente sobre acontecimentos de maior ou menor repercussão na sociedade do seu tempo. Destacamos ainda alguns fatores de sua obra que não foram absorvidos pela geração de poetas que o sucedeu, identificando singularidades de sua poesia como o fato de ter desenvolvido sua obra longe de outros poetas. Entre os autores que embasam a pesquisa, destacamos os nomes de Calasans (1959), Moraes Filho (1904), Portugal (1945), Romero (1977), Scevolla (1866) e Studart (1910-1915).</p> Stélio Torquato Lima Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 117 134 A voz de Chica Barrosa http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/239 <p>Este artigo se concentra na análise da trajetória poética de Francisca Maria da Conceição, mais conhecida como Chica Barrosa, uma violeira negra que pertence a uma antiga geração de cantadores da região que hoje chamamos de Nordeste brasileiro. Nascida em meados do século XIX na província da Paraíba, ela foi considerada uma pioneira na arte do improviso, por ter sido, provavelmente, a primeira mulher a conseguir se estabelecer na profissão de repentista, inserindo-se em um meio artístico dominado por homens e marcado por intensas disputas raciais e sociais, durante um período de declínio do regime escravista e de grandes transformações em todo o país. A partir de registros orais e escritos, este artigo busca recuperar alguns elementos biográficos referentes à autora e demonstrar indícios de sua atuação ao enfrentar poetas em duelos de improviso, travados em várias regiões, dentro dos circuitos de cantoria da época. Para formular essa reflexão, propõe-se um recorte teórico que se concentra no contexto histórico e social em que a violeira estava inserida, buscando compreender, sobretudo, a força da afirmação de liberdade e de subjetividade nos versos dessa autora do período oitocentista, que propagava sua voz e exaltava-se como negra e atrevida, até o momento de sua morte prematura, acontecimento que permanece obscuro na história da cantoria e que revela o impacto da profunda violência e do apagamento que recai, ainda hoje, sobre as mulheres negras brasileiras.</p> Mariana do Nascimento Ananias Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 135 153 A literatura de cordel http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/241 <p>Reiterando seu compromisso com a preservação da memória da literatura de cordel, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e parceria com a Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (SEFLI) e a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do Ministério da Cultura (MINC), promoveu, entre 21 e 23 de novembro de 2023, o I Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel que reuniu a comunidade acadêmico-cultural em torno de debates, às vezes, confrontos, invariavelmente atravessados pela fraternidade que foi a marca deste evento memorável.</p> Sylvia Nemer Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 154 158 Transcrição por Sylvia Nemer da palestra de Bráulio Tavares I Congresso de Literatura de Cordel, realizado pela Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), entre 21 e 23 de novembro de 2023 http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/245 <p>Transcrição por Sylvia Nemer da palestra de Bráulio Tavares I Congresso de Literatura de Cordel, realizado pela Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), entre 21 e 23 de novembro de 2023.</p> Sylvia Nemer Bráulio Tavares Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 159 177 Carta-folheto do I Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/247 <p>Como uma das formas de difusão dos resultados do Congresso, publicamos em separata, esta Carta-folheto de autoria do cordelista Crispiniano Neto, coordenador-geral de Projetos Especiais da Secretaria de Formação, Livro e Leitura, que atuou como curador artístico do encontro no Rio de Janeiro e elevou a versos, ritmo e rima, os principais pontos de debate do I Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel.</p> Crispiniano Neto Alexandre Santini Copyright (c) 2024 Memória e Informação 2024-11-25 2024-11-25 7 2 178 204