Com este número de Memória e Informação, damos início ao terceiro ano de publicação ininterrupta do periódico. Temos a certeza de que a presente edição oferece muitas possibilidades de questionamento e reflexão para pensarmos o patrimônio cultural brasileiro. Queremos agradecer à toda equipe do Centro de Memória e Informação, assim como aos nossos colaboradores e parceiros. Na seção Artigos, Ricardo Pimenta destaca a importância da interdisciplinaridade nas iniciativas em humanidades digitais. Eliane Vasconcellos e Dilza Ramos Bastos examinam a representação da informação em documentos literários e propõem novos ângulos de interpretação sobre o tema. Eliane Almeida Rezende apresenta interessante análise sobre as memórias digitais, destacando o papel do profissional da informação. No artigo Renascimento Digital, os autores abordam a mundialização da cultura por meio da digitalização da produção visual. O último texto dessa seção é o de Maurício Chatel Vasconcellos Filho em que o autor examina o mercado de trabalho para os profissionais de biblioteconomia e ciência da informação. Em Relatos de Experiência, selecionamos três relevantes trabalhos. No primeiro, Anna Gabriela Pereira Faria e Gabriela Lúcio de Sousa apresentam os resultados da proposta expográfica dos quimonos de Maria Augusta Rui Barbosa. A seguir, em Estratégias de ensino de ciências pelo Facebook e pela biblioteca em um contexto escolar de Manguinhos, as autoras destacam a importância da utilização da rede social Facebook como ferramenta pedagógica para aulas de ciência. Por fim, publicamos o artigo de Rodrigo Piquet Saboia de Mello em que o autor aborda a documentação de natureza etnológica como recurso estratégico para o estudo dos povos indígenas Na seção Documentos, divulgamos Carta de Machado de Assis para o seu editor Garnier Hippolyte, datada de 9 de novembro de 1903, na qual remete os originais de sua obra “Último”, posteriormente denominada Esaú e Jacó, e informações sobre as alterações realizadas no texto. O documento faz parte da Coleção Machado de Assis sob a guarda do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB), importante setor da Fundação Casa de Rui Barbosa. Durante o fechamento dessa edição, recebemos a notícia do falecimento de Rejane Mendes Moreira de Almeida Magalhaes. Rejane atuou incansavelmente na organização das fontes para estudo da vida de Rui Barbosa. Como servidora no Setor Ruiano da Fundação, foi uma ativa pesquisadora que desempenhou um importante protagonismo na divulgação da obra do jurista, filólogo, literato e pensador brasileiro. Dedicamos esse número à essa valorosa mulher.
Ana Lígia Medeiros e Daniela Carvalho Sophia - Editoras